segunda-feira, 7 de março de 2011

Revoluções Liberais

Revoluçao Americana
  
Devido á guerra dos 7 anos entre a Inglaterra e a França, a Inglaterra tinha a sua economia desgastadas por isso a Inglaterra decidiu aumentar a carga fiscal nas suas colónias, aumentou os impostos e as taxas sobre o chá, o vidro e o chumbo, as colónias americanas eram obrigadas a suportar os custos do exercito inglês e não participar no parlamento de Londres e todo isso levou a um  grande descontentamento do povo americano e considerando estas taxas injustas os americanos recusaram-se a paga-las e isso levou a um conflito entre os ingleses e os americanos.
  Para acabar com a rebeldia dos americanos a Inglaterra criou um conjunto de leis consideradas intoleráveis pelos americanos como o fecho do porto de Boston, redução da autonomia em Massachusetts e com essa acabaram definitivamente a relação entre os americanos e o ingleses.

  Em 1774 os representantes das colónias americanas reuniram-se em Filadélfia, onde decidiram lutar pela sua autonomia e acabar com o comercio com a Inglaterra, mais tarde decidiram criar um exercito e fazer alianças para combater a Inglaterra, como a França e a Inglaterra eram inimigas, a França decidiu ajudar a América e também a França queria vingar-se da derrota na guerra dos 7 anos, a guerra da independência obrigou os americanos a arranjarem um exercito á pressa eo exercito era constituído por voluntários que não percebiam nada de armas mas com a ajuda dos franceses a América conseguiu a sua independência.
  Depois da independência da Ameria foi declarado a declaração da independência que basiavam-se nos principios iluministas, na America foi instalada uma sociedade igualitaria, sem privilégios, o poder reside no povo (principios da soberania nacional) o governo obdece á vontade do povo e com isso houve a criação da constituição que instituia uma republica federal e houve a separação de poderes, o poder legeslativo foi entregue a duas camâras a dos representantes e a do senado, o poder judicial foi entrega ao supremo tribunal e o poder exucutivo foi entrgao ao presidente.

Revolução Francesa


 A revolução francesa deu inicio quando o rei Luis XVI convocou os estados gerais para resolver a grande crise financeira, económica e social.
  Quando a França apoiou os americanos na sua revolução a França teve enormes gastos com o exercito e alguns soldado trouxeram as ideologias liberalistas com eles e começaram a achar injusto que o rei tivesse o  poder de tudo, se todos eram iguais o rei não era superior ao seu povo, isto a somar com o luxo, com as crises agricola, o atraso manufactureiro e a má politica comercial, a França entrou em crise e a sua balança comercial esta em desiquilibrio e o deficit  não parava de aumentar e isso provocou a banca rota do estado.
  O povo francês ja não aguentava os altos impostos, a subida continua dos preços, o povo começou a revoltar-se, a nobreza e o clero recusavam-se a começar a pagar impostos que poderia salvar a França da crise, por isso o povo revoltou-se  e criou a assembleia nacional constituinte como a revolução teve como base os principios iluministas em França foi criada a Delaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que defendia a liberdade individual, os direitos naturais, a igualdade e.t.c.
  A Declaração determinou que o poder residia no povo ( soberania nacional), o rei era o mandatário do povo e a lei era a expressao da vontade geral,o poder foi dividido e entregue a órgão diferentes e independentes.
   Em 1791 foi establecida a monarquia constitucional em que se manteve o rei heriditátio, mas o rei era submetido ás leis do parlamento e no parlamento estavam os representantes do povo, para votar os cidadãos teriam de ser do sexo masculino, ser maior de idade, tinha de saber ler e escrever e pagar impostos, com todas essas condições o poder de voto era pouco, pois só os burgueses podiam votar, todas essas medidas favoreciam a burguesia, devido aos contra-revolucionários houve uma guerra civil e a monarquia constitucional nao se manteve durante muito tempo.
  Os franceses  face a uma invasão estrangeira e temendo a traição de Luis XVI, os franceses tomaram o poder e criaram o governo da convenção e este periodo ficou conhecido como o periodo de terror, criando uma nova constituição o governo revolucionário mandou prender e matar a familia real e a seguir deu-se inicio á presiguição aos contra-revolucionários, a guerra contra os paises invasores com o regime absolutista obrigou a um empréstimo forçado da parte dos ricos,impôs um recrutamentamento obrigatório, tabelaram-se os preços e racionalizou-se os bens de consumo.
  A seguir houve o governo directório que pôs fim ao periodo de terror, a nova constituição manteve o regime republicano com o poder exucutivo composto por 5 directores eleitos pelas assembleias legeslativas e o Conselho dos Quinhento e o Conselho dos anciãos decretaram o estado laico em que o poder polito reconhecia-se como não religioso.
  Após o fim do governo directório o poder exucutivo foi entregue a 3 cônsules, o primeiro-cônsul entegou os podres a Napolião Bonaparte, Napolião tomou varias medidas que resolveram os problemass económicos em França , em 1802 Napolião foi nomeado cônsul-fitalício e em 1804 torna-se imperador heriditário com isso a republica consular torna-se numa monarquia imperial.


Revolução Portuguesa



Portugal ainda vivia no antigo regime, a economia era fundada na agricultura tradicional e o comercio colonial e o atraso tecnológico e artesanal colocava o pais na cauda da industrialização, ou seja Portugal estava a ficar para traz em ralação ao outros países.

  Apesar da perseguição as ideias liberais entraram em Portugal através dos estrangeirados que eram intelectuais que estavam a par das novidades acerca do iluminismo, eles vinham principalmente da França e da Inglaterra, através dos exilados franceses que eram fugitivos do período do terror e através dos exilados portugueses no estrangeiro eram os intelectuais e estavam situados em Londres e em Paris nessas cidades eles fundaram jornais e clubes culturais onde debatiam sobre o estado do país e davam a conhecer algumas medidas que gostavam de ver implantadas, muitos desses jornais clandestinos entraram em Portugal durante as invasões francesas.

  As invasões aconteceram porque Portugal recusou-se a fazer o bloqueio continental esse bloqueio for criado pelos franceses para que nenhum pais comercializasse coma Inglaterra mas com Portugal tinha uma antiga aliança com Inglaterra Portugal recusou-se a fazer o bloqueio.

  Durante as invasões francesas, os franceses destruíram tudo o que conseguiram para alem da perdas humanas e matérias, dos roubos do património nacional nas igrejas, mosteiros e solares, as invasões abalaram a economia portuguesa e instalaram o caos político e social.

  Devido às invasões o rei for obrigado a fugir para o Brasil, enquanto o rei não fosse capturado Portugal continuaria a ser um país independente, quando o rei fugiu e deixou o país entregue á regência, o rei no Brasil abriu os portos do Brasileiros e por isso os burgueses portugueses ficaram gravemente prejudicados.

  Os ingleses vieram ao apoio de Portugal após as invasões napoleónicas os ingleses instalaram-se em Portugal ao general inglês foi lhe concedido o poder militar, o general inglês não só generalizou as tropas portuguesas como foi presidente da junta governativa e com isso abusou do poder prendeu os *jacobinismos e reactivou a inquisição e colocou os oficiais ingleses nos cargos honrosos.

  Com o rei no Brasil e os ingleses no comando a economia portuguesa ia agravando-se devido ás despesas da guerra e a diminuição da riquezas, quando orei foi para o Brasil levou as cortes e as riquezas do pais e enquanto permaneceu no Brasil dois terços dos impostos iam para o Brasil.

  Os dois factores que explicam a crise económica são a abertura dos portos brasileiros e a abertura do espaço económico aos ingleses. 

  A revolução liberal iniciou-se no porto com o sinédrio aproveitando a revolução liberal em Espanha, a ida do Beresford o general inglês e a estadia do rei no Brasil houve a revolução de 1820, após ma revolução houve a criação da junta provisional do governo do reino que de imediato decidiu acabar com a dominação inglesa, exigiram o regresso do rei D.João VI, desde que o rei foi para o Brasil Portugal passou a ser uma colónia da sua própria colónia e os portugueses ficaram muito descontentes com esta situação e exigiram o regresso do rei para que Portugal deixasse de ser uma colónia da sua própria colónia, este governo também organizou eleições para as cortes constituintes que mais tarde criaram a constituição de 1822 e foram tomadas medidas que puseram fim do antigo regime como a  abolição da dizima ao clero, abolição de qualquer tipo de taxa feudal, a libertação da terras e o fim da inquisição e da censura.

  A constituição de 1822 foi jurada pelo D.João VI, mas durante a implantação da constituição muitos liberais não estavam em acordo havia os liberais mais moderados que apoiavam o modelo constitucional inglês, os liberais radicais que eram conhecidos com vintismo e apoiavam o modelo constitucional francês e também havia os gradualistas que defendia o um modelo misto uma mistura entre o modelo inglês e o modelo francês.

  Constituição de 1822 defendia o direito á liberdade, o direito á segurança, o direito á propriedade, o direito á igualdade perante a lei e agora havia a liberdade de pensamento sem que as pessoas fossem presas o governo do país era a monarquia constitucional e o poder residia no povo ou seja o rei não podia fazer nada que não agradasse o povo, mas caso uma lei não agradasse ao rei este podia veta-la mas se essa lei voltasse ao rei o rei teria de executa-la obrigatoriamente , o rei tinha de obedecer a vontade do povo, o poder legislativo foi entregue as cortes de câmara única, constituída por deputados da nação eleitos livremente por voto direito, o poder executivo pertencia ao rei e o poder judicial pertencia aos tribunais.

  A constituição defendia maioritariamente os interesses da burguesia, o objectivo da burguesia era ter o direito a propriedade a D.Carlota Joaquina e o seu filho D.Miguel como eram simpatizantes do absolutismo recusaram-se a jurar a constituição e queria que o absolutismo continuasse, mas estes não eram os únicos descontentes os contra-revolucionários e alguns membros do povo também estavam descontentes pois a revolução não melhor as condições de vida do povo.

  Depois da independência do Brasil deu-se o fim do império atlântico, a independência do Brasil aconteceu devido a longa estadia do rei no Brasil, o rei promoveu o Brasil a rei e com a abertura dos portos brasileiros o rei demonstrou que o Brasil era capaz de ser um reino e por isso os brasileiro queriam a sua independência e acabaram por consegui-la de forma pacifica e D.Pedro o filho mais velho de D.João VI tornou-se o imperador do Brasil, com o duro golpe da independência do Brasil a economia portuguesa sofreu um rude golpe pois o Brasil era a base da economia portuguesa, a balança comercial portuguesa desestruturou-se e como havia mais importações do que exportações a balança comercial ficou negativa e para sobreviver os burgueses portugueses tiveram que reorientar os seus negócios.             

  Com tudo isto a oposição absolutista foi crescendo e deu origem ao movimento da vila Francada  onde D.Miguel e o seu Tio D.Fernando VII no movimento e mais tarde D.Miguel assumiu o comando do movimento e redigiu um manifesto aos portugueses esta revolta só acabou quando D.João VI obrigou o filho a obedecer-lhe e substituiu os membros do governo por outros mais moderados, apesar destas medidas os contra-revolucionários não se acalmaram, então mais uma vez tentaram revoltar-se com a Abrilada, a Abrilda ocorreu quando os partidários de D.Miguel ameaçaram o rei sobre pretexto de por em risco a vida da família real, o objectivo da Abrilada era que o rei entregasse a regência do reino á D.Carlota Joaquina que era  adepta do absolutismo, mas o rei com a ajuda do seu corpo diplomático conseguiu suster a revolução e D.Miguel foi exilado para Viena de Áustria.  

  Após a morte de D.João VI ocorreu uma crise de sucessão ao trono porque D.Pedro o seu filho mais velho era o imperador do Brasil e não podia assumir o trono português e o seu filho mais novo D.Miguel estava exilado.

  D.João VI sentiu que a sua hora estava a chegar então deixou instruções para que a sua filha D.Isabel pudesse ficar na regência do reino e mais tarde D.Isabel pediu ajuda ao seu irmão D.Pedro para que pudesse acalmar os ânimos entre os revolucionários e os contra-revolucionários, então D.Pedro decidiu redigir a carta constitucional de 1826 que iria substituir a constituição de 1822, a carta constitucional servia para agradar aos revolucionários e aos contra-revolucionários.

  Na carta constitucional o rei continuava a possuir o poder executivo, mas agora tinha um poder novo, o poder moderador, com este poder o rei podia vetar as leis as vezes que quisesse ao contrário da constituição de 1822 em que o rei só vetava uma vez e com este poder o rei também podia reformular as leis da forma que desejasse e dissolver a câmara dos deputados, o poder legislativo pertencia ás cortes divididas em duas câmaras, a câmara dos deputados e a temporária e electiva, o poder judicial pertencia aos juízes e aos jurados.

  Tal como na constituição a carta constitucional defendia o direito a liberdade, á igualdade, á propriedade, á segurança.

  Para resolver o problema de sucessão ao trono D.Pedro estabeleceu um acordo com o seu irmão D.Miguel, na qual D.Miguel teria de se casar coma a sua sobrinha mais tarde conhecida como D.Maria II e D.Miguel teria de jurar a carta constitucional e assim assumiria a regência do reino.

  D.Miguel ao princípio concordou, mas ao chegar a Portugal D.Miguel “esqueceu-se do acordo”, abusou do poder, convocou as cortes á maneira antiga, fez-se aclamar rei absoluto, perseguiu e prendeu os liberais e muitos liberais tiveram de fugir.

  Os liberais foram para o estrangeiro e decidiram criar a resistência, D.Pedro abdicou do trono brasileiro e entregou-o ao seu filho mais velho D.Pedro de Alcântara, D.Pedro foi para a ilha terceira onde criou um quartel-general e chamou os liberais que tinham fugido para o estrangeiro, D.Pedro criou um pequeno governo a qual deu o nome de regência liberal e com isso D.Pedro Pedro pediu ajuda ás potências europeias para a sua acção libertadora.

  Mais tarde D.Pedro foi para a cidade do porto onde havia muitos liberais e o seu irmão D.Miguel fez o cerco do porto que durou cerca de um ano e houve aí uma guerra civil.

  Durante o cerco para aliviar a pressão dos absolutistas as tropas de D.Pedro foram para o Algarve de onde seguiram para Lisboa sem nenhuma resistência e venceram a guerra, mais tarde apos D.Miguel ter reconhecido a derrota D. Miguel assinou  a convenção de Évora Monte e foi exilado.

  Depois da guerra civil Portugal voltou á carta constitucional e houve eleições para as cortes constituintes por pessoas da confiança de D.Pedro e houve a instalação do liberalismo moderado, mas as mudanças já tinham começado quando Mouzinho da Silveira foi nomeado por D.Pedro Ministro da Fazenda e fez parte do conselho da regência onde tomou varias medidas conhecidas como as reformas de Mouzinho que serviam para salvaguardar a instituição jurídica da liberdade individual, fazer com que o país pudesse ultrapassar economicamente os prejuízos causados pela perda do Brasil, fazer Portugal entrar no grémio da Europa, liberalização da propriedade agregaria e da economia geral e pôs fim ao que restava dos velhos direitos senhoriais como por exemplo a abolição doa morgadios, mas Mouzinho foi despedido por D.Pedro pois achava que as medidas de Mouzinho eram demasiadas radicais e D.Pedro queria instalar um liberalismo moderado.

  Mais tarde deu-se a revolução de Setembrista que foi preparada pela oposição do governo vigente, devido ao duque da Terceira com a sua politica oligárquica e autoritária que só protegia os interesses da grande burguesia que se agravava devido á crise económica e havia uma enorme agitação na politica devido as discussões dos deputados e do governo que só acabou com a dissolução da câmara dos deputados, essas discussões eram propagadas pela imprensa e pelos “camilos “ que eram formados por políticos da oposição que representavam o interesse da pequena Burguesia foram estas forças que comandaram a revolução de Setembro, a revolução começou quando os deputados na maioria vinistas e oposicionistas foram para a capital para assumir os lugares na nova câmara e pediram á D.Maria II a imediata restauração da constituição de 1822, que chamasse um ministro que lhe fosse favorável e a formação de novas cortes constituintes.
  A constituição setembrista de 1838 conciliava a carta constituição com a constituição de 1822 e deixou de haver poder moderador.
   Mas o governo setembrista teve de enfrentar a oposição dos *cartistas essa instabilidade conduzia a uma politica cada vez mais autoritária no cumprimento de ordens e com isso a pasta da justiça chefiada por Costa Cabral foi o sector mais importante do governo e Cabral tornou-se num homem forte do regime e reuniu a simpatia e confiança da rainha que estava interessada na reposição da carta constitucional que mais tarde Costa Cabral restaurou num golpe com o novo governo ditatorial que provocou uma nova guerra civil entre liberais que foi motivada pelas más condições de vida, fracas colheitas, subida dos preços e.t.c .
  A guerra civil teve 2 fases a primeira iniciou-se com a revolução da Maria da fonte e acabou com a destruição do governo de Costa Cabral e a segunda foi a Patuleia em que o povo dirigidos por miguelistas e setembristas que opuseram-se ás forças estatais do governo que mais tarde tiveram de pedir ajuda a Espanha e a Inglaterra para dominar os revoltosos  essa revolução so terminou com a assinatura da convenção de gramido onde a vitoria foi das forças estatais que repôs o poder de Costa Cabral, o segundo governo de Cabral levou á união de cartistas e setembristas para realizar um golpe militar que afastou Cabral do poder e instalou-se a Regeneração e com ela o liberalismo cartista moderado.      
       

        
   


*jacobinismo ( nome atribuido aos simpatizantes do liberalismo )
* cartistas ( nome atribuido aos simpatizantes da carta constitucional)